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A história viva do Bixiga

Walter Taverna 1983

Apesar de uma infância conturbada o senhor Walter Taverna é autor de grandes feitos dentro do bairro ítalo-brasileiro de São Paulo. A lembrança mais marcante na sua vida, cujo se emociona apenas em lembrar, é a de quando pôs por todo o bairro do Bixiga varais de roupas no natal para homenagear as famílias moradoras.

“Nisso um mendigo de rua se aproximou e falou pra mim se eu arrumava uma marmitex (...) dei pra ele e ele de curioso me perguntou o que eu estava fazendo com aquelas roupas. E perguntou: O que que sê tá fazendo? E eu disse: uma decoração de natal para homenagear todas as famílias italianas e brasileiras e vou colocar mais roupas (...), ele tirou o paletó e me doou para colocar ali”. –W. Taverna

Apesar dos conturbados dias vindos a partir dessa ideia e a comoção por conta de uma ajuda inimaginada, o Sr. Taverna decidiu criar um poema sobre o ocorrido:

Historia do Barão

Quando você passa no Bixiga Vai procurar saber daquelas roupa pendurada pela rua Que bacana É tradição napolitana De repente, a coisa mudou A Prefeitura todo o varal retirou Mas nessa hora falou mais alto a voz do povo Em menos de uma semana o varal voltou de novo Donzelas napolitana, após sua noite nupcial Lavava suas roupas, pendurava no varal O varal está presente em nossos corações Eles fazem parte das ruas, das favelas e mansões Eu vi uma coisa linda, que só ela ela só Um mendingo encantado doou o seu paletó E o varal que enfeitava as ruas com as suas roupas e trapos colorido O luar e as estrelas ficaram agradecido.

Não achando suficiente com o poema decidiu logo depois compor o hino do bairro:

Hino do Bixiga

BIXIGA, AMORE MIO Letra: Walter Taverna Música e Voz: Gilson de Souza

Foram os imigrantes italianos Que construíram este bairro de festas tradicionais Misturando seu folclore Com negros, compositores e artistas teatrais Suas indústrias e comércio Foram crescendo a mais de mil E nas cantinas só seu ouvia Viva o Bixiga! Bixiga, amore mio Bixiga, amore mio Você é o reduto histórico Que a gente construiu Na festa da Querupita A gente come, a gente bebe o que quiser Outra grande tradição Oh! Oh! É a festa de São José Sanfoneiro puxa o fole O povo aplaude e diz no pé Bixiga, amore mio Bixiga, amore mio Você é o reduto histórico Que a gente construiu Centro turístico italiano Vem gente do estrangeiro De todo o Brasil Nos eventos culturais Do Bixiga amore mio Bixiga, amore mio Bixiga, amore mio Você é o reduto histórico Que a gente construiu

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